Quem sou eu

Minha foto
Berlin, Germany
Decifrando quantos Eus podem existir dentro de um único corpo.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Querido"

Eu deitei meu corpo no teu e disse ríspida: sou tua.
Você me consumiu horas; horas boas. A gente ali deitado, procurando posições adversas de prazer, e eu mal lembrava teu nome. Chamava "querido", pois o álcool afeta demais nossa lucidez.
Eu escrevi na testa "me come"; não teve outra.
Fácil foi você, não eu. Não olhar na minha cara depois, não te fez muito maior, afirmo.
E óbvio, afirmo também que foi bom, bem bom, mas em memória, foi só um gozo, porque de resto, deixaste  pena, Querido.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Menos ainda palavras sobre isso

(...) Até essa manhã, em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim. E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu...

Nenhuma palavra sobre isso

Me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesma. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo. Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Era eu

Mutilou seu rosto;
Dilacerou olhos, nariz e boca,
Sobrou até para seus curvados ombros,
Tudo rasgado.
O reflexo entrecortado no espelho agonizava,
mas era melhor do que olha-lo por inteiro.
Sentia aflição toda vez que seus olhos encontravam a si mesmos.
Suas marcas de sofrer no rosto, misturados com marcas de horror.
Nunca vi criatura tão assombrosa.

Era eu mesma.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Para experimentrar novos chás, é preciso esvaziar a xícara

- Eu não sei se vou ou não pra Israel...
- E por que?
- Questão do Dror... vocês não entenderiam...
- Diz que não vai.
- Não sei
- Por mim, pelo Dror, que seja; fica!
- E do que me adianta ficar?
- A gente.
- E nós não ja tentamos, Miguel?
- Sim..
- E você não me quis. A gente se divertiu juntos, mas passou nosso momento...
- Quem disse isso? Eu sempre quis; sempre quero.
- Você me quer quando estamos separados...
- Não... É... Não sei o que é...
- Pois eu também não, e sabe, ir passar um tempo longe é uma questão minha; um comprometimento meu. Seria demais pra mim, e sei que voce quer meu bem
- Sim, eu quero...
- A gente tentou, Migui, e foi lindo. Eu me apaixonei por você; mas o tempo acaba tratando de levar fatos passados...
- Eu sou teu presente, Alice.
- Para experimentar novos chás, é preciso esvaziar a xícara.
- O que você quer dizer com isso?
- Deixa o Tempo decidir... Quatro meses pode ser uma vida se quisermos.

domingo, 21 de outubro de 2012

Dentro de nós

- Você se apaixonou por mim?
- Perdidamente!
- Mas eu não disse ao menos uma palavra...
- Eu deitei no teu silêncio, e sonhei.
- Sonhou?
- Sim. Sonhei com nossos destinos cruzados, e com agentes de força maior.
- Força?
- Amor.

Todo amor que houver nessa vida

Eu tive quer ir, pois só assim te veria feliz de novo.
seus olhos assustados me viram correr para longe;
eu prometi que não olharia para trás,
e assim feito, nunca mais o vi.
as lembranças me embriagavam,
e a ressaca era constante.
A nostalgia que batia comsumia meu pensamento
Nunca consegui viver sem me lembrar das noites maol dormidas,
das conversas interrompidas pelos meus sussurros de prazer.
tuas mãos me envolviam sem culpa,
e a verdade era que jamais fugiria dos teus braços.
Eu rompi meu peito, e arranquei teu nome dele.
O vento te levou, e eu continuei alí, só que dessa vez,
sem lembranças duas.
Não sentia mais tua presença,
e as promessas ficaram turvas; aos poucos foram esquecidas.
Agora me encontro em profundo desalento
teu vazio continua aqui,
mas não há mais espaço para nosso amor.
Teu toque me fez tantas vezes sucumbir a beira da loucura;
nosso silêncio, horas, era o que nos mantinha alí,
e te ver levantar, era meu maior desespero
Hoje, lembro vagamente do que nos uniu,
Mas existem marcas eternas dentro de mim:
as marcas que me fizeram ir
e os motivos que me fizeram não voltar.